quarta-feira, 5 de março de 2014

SEDUZ

SEDUZ

marcelo cavalcante
césar ceará

ver no céu
como se cria o azul
ter no eu
um canto, um eterno blues
então, de tão
frio o rumo sul
vão, em vão,
em vôos cegos,
vagos nus.
nas voltas da vida / vivi
provei do amargo fel
porrei as bebidas que não bebi
trancei os sonhos de rapunzel
dancei as danças do escarcéu
pintei os quadros de dali
e aí,
já que nada seduz
meu amor,

por favor, apague a luz.

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