Andejares, retoma
a tradição literária de Euclides da Cunha e Guimarães Rosa, elevando-a a um
patamar extraordinário tanto no que diz respeito à estrutura narrativa quanto a
(re)construção idiomática. Nesta obra, que fala de uma vila nos confins da cacha-pregos,
o sertão nordestino ganha uma representatividade nacional e, através de suas
tramas, nos remete às questões universais da perplexidade humana diante da
existência.
Num cenário
despojado, as narrativas sertanejas se desprendem em sequências alucinantes e
infindáveis, conformando um caleidoscópio de emoções, como se vívidas, pois que
imorredouras. Ler Marcelo Cavalcante é embarcar numa viagem plena de
angustiante inquietude, mas também significa a busca de uma humanidade onde
possa residir o sentimento do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário