sábado, 14 de maio de 2016

De arte e de rinocerontes

Faz muito tempo que elaborei o artigo abaixo e anos depois publiquei no meu livro de memórias “A memória do tempo em nós” (2009). Entretanto, avalio que texto foi reatualizado pela ironia que se faz presente, através da irreformável aspiração burguesa, eternamente inarredável em personagens que se acreditam artistas, eruditos ou populares. A propósito dos protestos desses “artistas” sobre a recriação do Ministério da Educação e Cultura (governo Temer), que eles consideram como sendo o fim do Ministério da Cultura o funeral da própria cultura no país, exponho um artigo sobre o mesmo fato que ocorreu no governo Collor. Apesar de ser um texto datado, as circunstâncias permanecem as mesmas e os problemas culturais foram aprofundados pelo reforço de políticas ancoradas em filhotismo e dirigismo, bem ao gosto da esquerda burguesa. Como sempre, confirmando o axioma do velho Marx, a história se repete como farsa, numa comédia de pastelão grávida de hipocrisia e entrecortada pelo rancor oriundo da perda de privilégios. Neste antigo texto, o debate foi travado com Augusto Boal, mas hoje fica difícil encontrar um verdadeiro artista para fazer o mesmo.

De arte e de rinocerontes

Já que estamos em casa de enforcado, falemos de corda. Obviamente, a informação é controlada e não é novidade o que nos ensina Bagdikian, de que “o dono do jornal tem o poder de demitir, admitir, promover, e pode controlar o conteúdo do seu jornal por meios que vão desde a intervenção direta até as pressões sutis”, mas este controle não se restringe apenas ao “dono do jornal”. Existem os intermediários (tradutores, chefes, repórteres, etc.) portadores de “micropoderes”, além de todo um inextricável emaranhado de combinações e interesses a serem administrados.
Nunca me ocorrera escrever para jornais ou revistas na desconfortável condição de “intruso”. As vezes que escrevi alguma coisa foi a convite e na qualidade modesta de colaborador. A exceção ocorreu por um motivo que, à época, considerei justo e que consistia numa réplica a um artigo do teatrólogo Augusto Boal, e tinha a finalidade de ampliar o debate.
Apesar de panfletário, provocativo e dos pesares, eis a prova do meu crime.
Diz o ditado que reconhecer o erro já é meio caminho andado. Parar o que está errado evita trabalho e desperdício.
Por longos e penosos anos assistimos indignados e impotentes à implantação de um modelo perverso de desenvolvimento em que, as injustiças socioeconômicas de mãos dadas com a ausência de ética e justiça, amesquinharam e depauperaram moral e materialmente a nação. A política cultural nesses anos não se constituiu em exceção (e por que seria?) e foi norteada pela mesma lógica. Estava inserida no modelo. Era mais um elo do modelo. Toda a estrutura insana que foi montada, e que nossa brava intelectualidade de esquerda combateu e combate, estava e está presente na área artístico-cultural. Assim como o BNH financiou moradias de luxo ou mesmo mansões em detrimento de casas populares, muitas instituições oficiais financiaram, com o dinheiro público, determinados “projetos culturais” em detrimento da dieta cultural da população. Mansões que o povo jamais habitou, “projetos culturais” que o povo sequer tomou conhecimento. Mansões para a elite, “projetos culturais” para a mesma elite. Extinto o BNH, o clamor que se ouviu foi o da garantia de empregos e manutenção de privilégios das grandes construtoras e imobiliárias, ao invés da discussão de um novo projeto que viabilizasse habitação e saneamento básico para as famílias de baixa renda. Mas a extinção do BNH, mesmo que por motivos outros, impediu a continuidade de uma aberração legitimada. Por analogia, e sem entrar nos imperativos histérico-demagógicos do governo Collor, o efeito é o mesmo, ou seja, deixa de financiar (compulsoriamente) os “projetos culturais” aos quais ele não tem acesso ou voz. São as mansões culturais. A exemplo do incidente com o BNH, a “classe artística”, ao invés de debater projetos e propor programas para a área, passou a espernear, a protestar contra o estancamento das torneiras. Tetas fartas, grávidas e generosas. Verbas para quê? Para a perpetuação do modelo, para garantir privilégios. E qual é o modelo? Cruamente pode ser resumido da seguinte forma: o Estado dá um “cala a boca”, e, com isso, finge realizar uma política cultural, e os “produtores culturais” fingem exercitar a cultura. Eu finjo, tu finges, pactuamos, fundamos uma verdade e nos locupletamos.
Não conheço, até a presente data, nenhuma carta aberta à nação, indignada com a falta de apoio ao cordel, ao pastoril, ao circo, ao teatro de rua que alguma comunidade queira desenvolver no interior do Acre. Para a classe artística, arte e cultura são o que ela mesma determina enquanto arte e cultura.
De tão preocupada com o próprio umbigo, o que a “classe” ainda não entendeu é que precisamos de uma política cultural para a nação e não para a “classe”. Uma política cultural que preserve a liberdade das manifestações que, em última instância, são a identidade e a alma do povo. Que tal mais educação? Mais livros, mais bibliotecas, teatros em regiões carentes? E a TV Educativa?
O desafio imediato é romper este ciclo vicioso no qual nos atolamos nestes longos anos de chumbo e não nos apercebemos ou não conseguimos evitar. Foi um processo lento e sub-reptício a que fomos submetidos o qual denomino de mitificação por conveniência. Acredito que, em sua maioria, os componentes da esquerda, militantes partidários ou não, buscam transformar a sociedade, sonham melhorá-la, torná-la mais justa e fraterna. A utopia que nos incendeia está assentada (além da teoria) em pressupostos éticos tais como: verdade, justiça, igualdade, etc. O que ocorreu e não nos apercebemos de imediato, foi que, no afã, na miragem da consecução desses ideais, contraditoriamente, acabamos negando um a um estes sentimentos generosos. Os negamos não por perversidade, mas por estarmos inseridos num processo de luta que nos fez abortar o livre exercício da crítica, mesmo no esboço. Criticar um companheiro, principalmente de projeção pública, seria “fazer o jogo da direita”. Incensamos nossos mitos, calamos/compactuamos, varremos para debaixo do tapete as suas (nossas) falhas, pois que humanas. Cevamos personalidades inúteis, pois que vazias. E a verdade? E a honestidade de princípios? E a ética? E a justiça? Foram sacrificadas em função dos fins que eram verdadeiros, honestos, éticos e justos. Estes os ingredientes do dogma, estes os nossos grilhões, os nossos pecados. Em vista do resto, erramos pouco, mas erramos. Ao reconhecermos o erro, temos que exorcizar esses fantasmas espetaculares.
Este pacto contraditório que nos levou a calar, no atacado e no varejo, com Stálin e miudezas, pode ser ilustrado com o exemplo patético de Glauber genializando a raça com Golbery. Patrulhamento ideológico à parte, pode-se, sem esforço, arguir dezenas de motivos que descaracterizam Golbery enquanto gênio. O que fica de importante é exatamente o nosso silêncio sepulcral ante a irrelevância deste e de outros fatos. Glauber mitificado, acima da crítica, do certo e do errado. Semideus, guru do desbunde baiano. Silenciar a consciência é dilacerar o afeto, é apequenar a vida, a própria luta pela vida.
O discurso de Boal enfocando a política cultural (sic) do atual governo, apesar da aparente coerência, se esgota na aparência. Tem todos os ingredientes que serviram para sedimentar uma forma de ser e (re)produzir uma realidade dissociada do povo deste país. Após tantos anos de conivências e conveniências, é dada a hora de rompermos definitivamente este pacto de hipocrisias, permissivo e corrosivo, pois que atende supostos interesses gerais, mas que, no fundo, atende particularidades pessoais, uma vez que deu as costas para a sociedade. Este pacto entre anormais estendeu-se por todos os segmentos sociais e, na área artístico-cultural, possibilitou a existência da figura sinistra do artista sem arte. Para ser artista sem arte, o requisito imprescindível é uma redefinição, sob medida, da arte. Para sermos uma coisa falsa, temos que degradar a coisa.
Há uma estranheza sintomática e muito particular com determinado tipo de artista no Brasil, que é exatamente o fato de ser um tipo. São muito parecidos, como se fabricados em linha de montagem. Comungam gestos, gírias, dialetos, aspirações, consumo, temática, lugares da moda... Muito sofisticados, muito iguais, inclusive na... “arte”. Como se um país com estas dimensões, diferenças regionais e abismos sociais, estivesse sedimentada uma cultura única e representativa: a que é produzida, pasteurizada e industrializada pelas elites culturais do eixo Rio-São Paulo, numa unanimidade estranha e sintomática. Tipologia besta.
Num determinado momento, sob o signo da hipocrisia, os nossos caros “artistas” desfilam seus simulacros ante uma confraria de idiotizados para, sob a escusa de fazer arte, adquirir prestígio e, no momento seguinte, subservir ao poder e adquirir dinheiro. Muito dinheiro. Acima de qualquer suspeita, são suspeitos. Falam em arte, falam em cultura, escrevem cartas abertas à nação e têm tribunas cativas. Suas práticas não demonstram que sabem o que é arte, cultura ou nação.
Ante o escombro moral de um quadro grotesco no qual o Estado se consubstancia em verdadeiro Robin Hood às avessas, aprofundando o axioma de “privatização dos lucros e socialização das perdas”, qualquer mudança que acene com a redefinição entre público e privado requer projetos e não protestos de quem perdeu “a boquinha”.
Acompanhando a atual “demarche” entre governo e intelectualidade, observamos que a superficialidade que impera não esgota a pauta a ser estabelecida, e que devemos aproveitar a oportunidade para aprofundar o debate.
Não devemos confiar em demasia na estreiteza do conceito de arte ora em vigor, assim como devemos desconfiar da extrema vulgaridade com a qual é feita a transposição de cultura para arte. Apesar de acadêmica, esta questão é de muita utilidade prática.
O exercício de romper o ciclo decadente é observar criticamente os semideuses banidos do Olimpo. Reduzidos à condição de simples mortais, conseguem mediocridades insuspeitas. Salta aos olhos a fragilidade e incoerência das argumentações do mestre Boal, que, de resto, são o mote paradigmático de uma classe artística aburguesada e esclerosada, embora proprietária (de forma monopolista) do pensamento de esquerda. Chegamos ao ponto limite da permissividade ao consentirmos que alguns se apropriem privadamente das nossas abstrações. Pois é: o feijão é expropriado pela direita e o sonho pela esquerda... Mas que diabo de esquerda é essa? A nossa que, abaixo e acima do Equador, em sua maioria, em suas práticas, demonstra um apetite voraz e ímpar por aspirações burguesas. Privadamente proprietária (no sentido marxista e pejorativo) das verdades, não necessita de debate, requer adoração.
Estamos, nesses tempos, assistindo ao funeral disso tudo. O que os apressados coveiros não sabem é que talvez não estejam enterrando o cadáver do comunismo mas, sim, a falência da generosidade, da abnegação e do desprendimento humano. Talvez estejam enterrando, na cova rasa da indigência, pedaços de humanidade. Talvez, no interior do ataúde, não estejam os restos mortais de Marx, Engels, Gramsci ou Guevara, mas sim a vaidade, o egoísmo e a prepotência.
Incoerência? Falta de rigor? Para entender política cultural, é imprescindível a diferenciação entre arte, cultura e indústria cultural.
Segundo Boal, o perigo mortal para o artista é a arte tornar-se mercadoria e como tal, ser manipulada pela propaganda, via mercado. Ora, sob o signo do capitalismo, o trabalho é uma mercadoria que, submetida aos imperativos do mercado, sofre a degradação. Nem por isso, escutamos os ecos do passado de intelectuais solicitando subvenções governamentais para outras profissões. O produtor cultural é que se submete aos desígnios mercadológicos e passa a produzir mercadorias, a exemplo de qualquer produtor. O artista é aquele que não se submete.
Em verdade, o que anda deixando perplexa a “classe artística” tupiniquim, não é uma possível política governamental para a área cultural, mas sim um processo que vem de longa data corroendo as suas entranhas e que ela não ousa encarar uma vez que foi cúmplice, deixou-se seduzir, relaxou e gozou, apesar da curra não ser inevitável. Não é o discurso “collorido” do atual governo, ou o que ele possa vir a fazer ou não em matéria cultural que entregará todo o poder aos rinocerontes, como afirma o Boal. Este processo já foi efetuado sistemática e conscientemente pelos nossos bravos “artistas” que agora se deparam com o preço cobrado: o aviltamento. Submetidos, passaram a ser simples mortais, perderam a magia e a possibilidade da utopia. Venderam o trabalho enquanto mercadoria, submeteram-se ao assalariamento e ficam a estertorar requerimentos de diferenciações. Este mesmo processo submeteu algumas profissões (médico, professor, etc.) e nem por isso a distinção encontrou justificativas. A arte é essencialmente subversiva e incontrolável. Ela sobrevive com, sem e apesar das benesses do Estado, pois estas, o mais das vezes, servem para abastardá-la.
Quem tem um mínimo de dignidade pode prescindir de exercícios oratórios em defesa de subvenções estatais. Quem carrega em si um mínimo de humanidade prescinde de lançar mão de um dinheiro que pertence a um povo espoliado, despossuído, faminto, sem cidadania ou redenção. Em relação ao todo da população, a classe artística está situada de forma privilegiada e pode abrir mão de cartórios e contribuir generosamente, crescendo junto ao e com o povo. Os que discordam devem se dirigir à submissão a mercado e suas leis leoninas. O que é inconciliável é o discurso armado sobre uma verdadeira chantagem espoliativa: ou o povo me subvenciona ou me prostituo com o primeiro mercador que piscar os olhos. A questão é ética (artística) e não econômica ou, no seu reverso, é econômica e não ética. O resto é discurso maniqueísta.
O que esta arte aviltada, sob os auspícios de verbas federais, tem feito pelo povo? O que os “artistas” têm feito pelo povo? Quem se perfilou no cordão dos agraciados, dos querubins, dos ungidos? Qual o critério que um burocrata usa para promover a distribuição de subvenções.
Espanta a desenvoltura com que a turma do capital e do poder fala e manipula o dinheiro do Estado. Espanta duplamente quando intelectuais o fazem. O dinheiro do Estado, sabemos todos, é nada mais que o dinheiro de todos e, nesse caso, deveria existir todo um rigor em sua utilização. Um rigor ético, religioso até.
Em que projetos culturais foram parar as verbas nestes anos todos? Em que isso contribuiu para o povo em geral? Como esses benefícios atingiram o povo?
O modelo não se prestava a isso. Previa apenas um efeito demonstração, bem a gosto das elites vampirescas. O mundo subdesenvolvido tem ópera? Tem ballet? Tem corpo de baile? Tem artistas internacionais? Tem luxo e requinte? Tem frescuras que só ele entende? Tem supérfluos que só ele tem cacife? Pois bem, nós também temos e mais uma vez a nossa honra pátria está salva. Yes, nós have banana. Pobre gosta de luxo e a irresponsabilidade não paga pedágios nem dá cadeia.
A cultura produzida com o dinheiro do povo serviu ao povo ou a uma minoria privilegiada? Essa cultura encerra todos os predicados da decadência e da desmoralização.
Precisamos encerrar de vez a hipocrisia do “me engana que eu gosto” e da aceitação de uma visão de “artistas” e “produtores culturais” pensados e relatados como coisas ideais. São reais e participantes do processo histórico e têm responsabilidades ante as mazelas produzidas e expostas. Criticar circunstancialmente a ganância ibopeana, a pornografia televisiva ou a corrupção do mercado, sem observar com honestidade as suas causas históricas, é fingir que antes estávamos no melhor dos mundos, que antes nada disso existia.
Sabemos, como afirma o Boal, que “aceitando-se o mercado, aceitam-se suas leis. E são as leis do mercado – as leis da oferta e da procura - são as leis dos mercadores, assim como a lei da selva é a lei do leão”, mas sabemos também que os possíveis candidatos à subvenção federal (estadual ou municipal) são exatamente os que aceitaram as leis do mercado e que deixaram de fazer verdadeiramente arte. Estão a defender não a arte, mas, sim, um estilo de vida, seus apartamentos ou mansões, seus carros novos, sua classe social. Farinha pouca, meu pirão primeiro.
Se a “função do Estado, no campo da arte e da cultura, é precisamente o de se contrapor às leis dos mercadores e favorecer o florescimento de todas as formas culturais, independentemente da sua cotação na Bolsa” como afirma (com muito senso de oportunidade) o Sr. Boal, o que este atual governo está fazendo é evitar um desperdício, pois o que existia, até então, não cumpria estas premissas. Sabemos, nestes anos, qual foi o tipo de cultura que o Estado apoiou e fez florescer. Seria melhor que permanecesse omisso. O que sempre existiu foi um balcão onde determinados “artistas” e “produtores culturais” se serviram à tripa forra. Onde e quando, no Brasil, desde Cabral e suas caravelas, Caminha, Henrique Soares e degredados, o Estado favoreceu o florescimento de formas culturais realmente populares?
Coincidentemente, os dois casos exemplares citados por Boal, Mestre Vitalino e Van Gogh, representam o paradigma do artista que, nunca subsidiados, fizeram arte com inteireza. A gritaria da classe artística não passa pelo apoio a artistas ou concepções artísticas de Mestre Vitalino. O dinheiro pode fazer a existência de determinada pessoa mais fácil materialmente, mas isso não tem influência na arte, no ato genuíno de criação. O mais das vezes, quando interfere é de forma nociva, degradante. Por que tornar fácil a vida do artista em particular? Por que não facilitar (dignificar) a vida de João, pedreiro e esfomeado? Ou a de José, desempregado e abandonado em seus sonhos? Ou a de Maria, mãe solteira, penca de filhos e operária? Ou a de Antônio, 11 anos a se prostituir na Central ou no coração do mundo, em troca de pão ou de droga? Por que tornar mais fácil a vida material do artista em particular? Qual a justificativa? Pois é: semideuses...
É certo que vivemos um governo de simulacros e que o país está sendo “collorido” por desmandos reconhecidamente histéricos. Essa (falta de) política cultural, a exemplo de tantas outras, não atende aos interesses da nação. Mas não estamos discutindo essas ideias, pois a “classe artística” não está colocando as questões com sinceridade e mesmo honestidade.
O nó reside no fato de que essa “classe artística” quer servir a dois senhores e roer a banda sã dos dois lados. A banda podre fica para a sociedade, como no pacto de anormais.

Milton canta que “todo artista tem que ir aonde o povo está”, mas o que mais temos assistido nesta realidade é o previsto e preconizado pelo Belchior onde o exército de ídolos “está em casa guardado por Deus contando o vil metal”, pois banalizou-se mercantilmente “artista” ir aonde a grana está. Nessa toada, irmão, perdemos não só o pudor, mas o bonde da história.

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