terça-feira, 17 de maio de 2016

Em terra de sapo, de cócoras com ele

A rigor, nada na administração pública deveria ser objeto de segredo. Entretanto, na modernidade selvagem em que nos encontramos, existe uma justificativa razoável para que determinados episódios, que envolvem realmente a segurança do país, sejam mantidos ocultos por tempo determinados. Evidentemente, interesses pessoais ou partidários, acabaram por banalizar este instituto legal e muitos segredos “legais” servem para acobertar crimes cometidos até contra o povo e a cidadania.
Não por revanchismo, mas por prudência, o governo do Temer deveria efetuar auditorias em todos os setores da administração sob o controle do executivo e divulgar com maciçamente os seus resultados.
Tal receituário se mostra urgentemente necessário em função de uma realidade que aponta inúmeros indícios e provas de que os governos anteriores bracejaram com audácia e desenvoltura num mar de corrupção e que, como reação defensiva (?), instigam o ódio levado à inconsequência de levar o país a uma ruptura institucional.
Constata-se que os órgãos de governo estão literalmente aparelhados, fato que pressupõe riscos às ações administrativas do executivo, bem como a ocultação de malfeitos de variados calibres.
Como corolário, salutar seria o rompimento do pacto de impunidade em que ações do governo anterior não são investigadas nem denunciadas, o que se reveste em crime prevaricação na condução da coisa pública.

Cultivamos no seio da sociedade uma monstruosa e generalizada sensação de desconfiança que vem corroendo a credibilidade das instituições e tal providência deveria ser elevada a marco inicial de todo governo, uma tradição necessária e benigna, o que decerto contribuiria para maior transparência e tranquilidade da nação.

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