A
rigor, nada na administração pública deveria ser objeto de segredo. Entretanto,
na modernidade selvagem em que nos encontramos, existe uma justificativa
razoável para que determinados episódios, que envolvem realmente a segurança do
país, sejam mantidos ocultos por tempo determinados. Evidentemente, interesses
pessoais ou partidários, acabaram por banalizar este instituto legal e muitos
segredos “legais” servem para acobertar crimes cometidos até contra o povo e a
cidadania.
Não
por revanchismo, mas por prudência, o governo do Temer deveria efetuar
auditorias em todos os setores da administração sob o controle do executivo e
divulgar com maciçamente os seus resultados.
Tal
receituário se mostra urgentemente necessário em função de uma realidade que
aponta inúmeros indícios e provas de que os governos anteriores bracejaram com
audácia e desenvoltura num mar de corrupção e que, como reação defensiva (?),
instigam o ódio levado à inconsequência de levar o país a uma ruptura
institucional.
Constata-se
que os órgãos de governo estão literalmente aparelhados, fato que pressupõe
riscos às ações administrativas do executivo, bem como a ocultação de malfeitos
de variados calibres.
Como
corolário, salutar seria o rompimento do pacto de impunidade em que ações do
governo anterior não são investigadas nem denunciadas, o que se reveste em
crime prevaricação na condução da coisa pública.
Cultivamos
no seio da sociedade uma monstruosa e generalizada sensação de desconfiança que
vem corroendo a credibilidade das instituições e tal providência deveria ser
elevada a marco inicial de todo governo, uma tradição necessária e benigna, o
que decerto contribuiria para maior transparência e tranquilidade da nação.
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