Desde a explosão da Lava
Jato que o Lula é alvo mais que preferencial das investigações, não por mera
questão de seletividade, mas porque salta aos olhos que os indícios o apontam
como chefe da maior e mais diferenciada quadrilha que se tem notícia no mundo
moderno. No decorrer do tempo, indícios robustos e provas materiais confirmam o
que a lógica indica: não seria possível o funcionamento de uma quadrilha dentro
do governo, com tal poder de intervenção deletéria, sem a anuência e mesmo
participação direta do presidente da República. Claro e evidente que tal
raciocínio pode ser estendido à sua sucessora na presidência, Dilma Roussef.
O moderno conceito de
democracia ambiciona a busca da igualdade entre os homens e a cidadania se
resguarda através de leis que norteiam este desiderato generoso. De formas mais
ou menos parecidas, as nações que se pretendem democráticas entendem o disposto
nos dispositivos legais como incontestáveis e, portanto, não passíveis de
subversão, sob pena de antidemocracia.
Posto que as decisões
legais estabelecem uma ordem irrecorrível, se faz necessário que tais decisões
sejam portadores de inúmeros dispositivos de prudência, que garantam o mais
abrangente direito de defesa. Tal entendimento necessário tem como calcanhar de
Aquiles, exatamente a sua contraparte, qual seja, o infrator das leis é o mesmo
que delas se vale na tentativa de encobrir, manipular ou safar-se das penas a
que se sujeitou por força do próprio delinquir. O mesmo ocorre na política,
quando um partido político usa a democracia para alcançar o poder, dele abusa
e, uma vez questionado perante as leis, passa a usar a mesma democracia que
conspurcou. Isto estabelece uma flagrante relação assimétrica no uso e no abuso
das regras democráticas onde as vítimas são submetidas ao logre e mesmo ao
escárnio de manipulações grosseiras, apesar de constantes no receituário
democrático. Grosso modo é como combater ditaduras com as regras tolerantes e
prudentes da democracia. Claro e evidente que tal equação sempre dará
“vantagens”, mesmo privilégios, aos infratores das regras estabelecidas para
todos.
Talvez isso explique a
atual realidade que se desenvolve diante dos nossos olhos e que deixa na
sociedade um travo de inconformismo e mesmo ininteligibilidade. Como explicar
ao cidadão (que se vale do senso comum) tantas incongruências que o levam a
descrer das instituições e das leis que o submetem tão rigidamente? Do ponto de
vista do cidadão, como podem Lula, Dilma e tantos expoentes do partido no poder
ainda estar gozando de privilégios, comandando o Estado e manipulando o poder
em benefício próprio ao invés de encarcerados?
A verdade que salta aos
olhos é que o Partido dos Trabalhadores, após chegar ao poder, traçou planos
que trafegaram pela antidemocracia ou, numa afirmativa mais direta, pelo crime
comum. Os indícios e provas já em poder da justiça, não deixam dúvidas de que
cedo ou tarde muitos destes sujeitos políticos, ainda com importantes cargos
nas decisões nacionais, serão condenados e cumprirão sentenças pesadas nas
penitenciárias.
O cenário que se
descortina é que os expoentes do PT fizeram uma aposta na impunidade e urdiram
e executaram um plano de extrema ousadia que se consubstanciou no total
aparelhamento do Estado, não apenas para a sua manutenção, mas que se estendeu
ao saque continuado e indiscriminado da coisa pública. Já no chamado julgamento
do mensalão, apesar da brandura das penas aplicadas, após marchas e contramarchas
formais, pelo STF, ficou consignado que altos membros do partido ora no poder
se enquadrilharam nas fímbrias do governo e, fato inusitado, pela primeira vez
na nossa história o povo passou a conhecer os nomes dos tesoureiros de
agremiações partidárias. Claro ficava que se tratava de uma forma de corrupção
diferenciada daquela já nossa conhecida íntima, de extensa convivência ao longo
da nossa história da infâmia política. Em verdade, o mensalão tinha indícios e
provas da participação do presidente Lula, mas tais foram convenientemente
relegadas, com o beneplácito de ministros do STF devidamente comprometidos com
o arranjo político espúrio que contaminou horizontal e verticalmente os
processos de escolhas em detrimento da sociedade. Neste mesmo processo que
concedeu impunidade ao presidente Lula, foi de fundamental importância a
postura de esperteza burra da oposição que, em transe de maquiavelismo
estúrdio, avaliou que a melhor estratégia seria deixar o adversário político
esvair sua credibilidade moribunda até a chegada das eleições e lá vencê-lo com
pompa e circunstâncias. As circunstâncias não contribuíram e a pompa se
apresentou num Lula travestido de emérito negociador e dono de cabedal
eleitoral imbatível. Tal mito se robusteceu quando, ao final do seu segundo
mandato, conseguiu eleger o maior poste político que se tem notícia em eleições
formalmente democráticas em todo o mundo.
É nesta quadra que surgem
as perguntas que insistem em se fazer imprescindíveis, mas que não são
verbalizadas: por que Lula escolheu a mais despreparada e medíocre figura entre
as tantas opções do seu partido? Por que a escolha recaiu sobre uma candidatura
que era e manos viável naquela circunstância? Por que o Lula fez a pior
escolha, colocando em risco (calculado) a eleição? Evidentemente que não
podemos encontrar respostas a estas indagações na estratégia puramente
eleitoral, o que nos obriga a lançar as vistas para outras possibilidades,
sendo que a mais plausível seja a participação efetiva e indiscutível da Dilma
na quadrilha de Estado. Desta forma a escolha ganha um sentido lógico, pois,
uma vez eleita, a presidente garantiria a continuidade e mesmo ampliação do
projeto criminoso.
O enriquecimento dos
filhos do Lula e da filha da Dilma, e mesmo a evolução patrimonial de ambos
(como de vários morubixabas do PT), são indícios e provas, mas o que mais
incita a consolidação de uma convicção é o fato de que ambos estão cercados de
suspeitos, investigados, condenados e encarcerados. A nomenklatura petista mais
parece um desfile de prontuários policiais, que ostentam fichas criminais
quilométricas nas quais o corolário é a corrupção e o roubo da coisa pública.
Desconfia-se que a quadrilha petista amealhou fortuna exponencialmente maior do
que as verbas que foram usadas nas suas ações de cunho social, capitaneadas
pelo programa bolsa-família, de agressivo recorte assistencialista.
É deveras inconcebível
para o senso comum, após tanto descalabro, aceitar diariamente o desfilar
desenvolto da arrogância destes personagens, cinicamente despejando verborragia
barata, quando deveriam estar se escondendo da polícia. Afinal, é a postura
lógica que todo marginal mantém quando se sabe descoberto e sem chances num
julgamento no qual as provas são mais esmagadoras do que todo o peso maléfico
que um bando de sociopatas pode impor a um povo indefeso.
Causa estupor a facilidade
com que as versões cínicas e frouxas dos petistas conseguem transformar crimes
comuns em atos pretensamente políticos e neste atalho nos deparamos com o uso
da democracia para golpear as práticas democráticas. Nos deparamos com cenas em
que hordas petistas queimam bandeiras nacionais, caracterizando uma ideologia
autoritária (de fulcro fascista), com uma mensagem literal de sedição, onde os
brasileiros em sua totalidade são petistas e os que não forem são os outros, os
inimigos. Instalam o nós contra eles de forma antidemocrática, mas recorrem
oportunisticamente a todas as garantias legais que o sistema legal oferece.
Pelo avesso, o ideário petista revigora ao ame-o ou deixe-o do regime militar
que tanto diziam combater.
Muito em breve veremos o
escancarar dos incontáveis crimes do Lula, o seu julgamento e sua condenação. O
que ainda não sabemos é como se dará a transformação da realidade; como crimes
comuns serão travestidos de políticas para os pobres, mesmo que o dinheiro
esteja em contas no exterior e em nome individual cujo titular ostenta o
sobrenome mais humilde, o Silva, que é de todos os brasileiros.
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