sexta-feira, 13 de maio de 2016

Lula: um cadáver anunciado

Desde a explosão da Lava Jato que o Lula é alvo mais que preferencial das investigações, não por mera questão de seletividade, mas porque salta aos olhos que os indícios o apontam como chefe da maior e mais diferenciada quadrilha que se tem notícia no mundo moderno. No decorrer do tempo, indícios robustos e provas materiais confirmam o que a lógica indica: não seria possível o funcionamento de uma quadrilha dentro do governo, com tal poder de intervenção deletéria, sem a anuência e mesmo participação direta do presidente da República. Claro e evidente que tal raciocínio pode ser estendido à sua sucessora na presidência, Dilma Roussef.
O moderno conceito de democracia ambiciona a busca da igualdade entre os homens e a cidadania se resguarda através de leis que norteiam este desiderato generoso. De formas mais ou menos parecidas, as nações que se pretendem democráticas entendem o disposto nos dispositivos legais como incontestáveis e, portanto, não passíveis de subversão, sob pena de antidemocracia.
Posto que as decisões legais estabelecem uma ordem irrecorrível, se faz necessário que tais decisões sejam portadores de inúmeros dispositivos de prudência, que garantam o mais abrangente direito de defesa. Tal entendimento necessário tem como calcanhar de Aquiles, exatamente a sua contraparte, qual seja, o infrator das leis é o mesmo que delas se vale na tentativa de encobrir, manipular ou safar-se das penas a que se sujeitou por força do próprio delinquir. O mesmo ocorre na política, quando um partido político usa a democracia para alcançar o poder, dele abusa e, uma vez questionado perante as leis, passa a usar a mesma democracia que conspurcou. Isto estabelece uma flagrante relação assimétrica no uso e no abuso das regras democráticas onde as vítimas são submetidas ao logre e mesmo ao escárnio de manipulações grosseiras, apesar de constantes no receituário democrático. Grosso modo é como combater ditaduras com as regras tolerantes e prudentes da democracia. Claro e evidente que tal equação sempre dará “vantagens”, mesmo privilégios, aos infratores das regras estabelecidas para todos.
Talvez isso explique a atual realidade que se desenvolve diante dos nossos olhos e que deixa na sociedade um travo de inconformismo e mesmo ininteligibilidade. Como explicar ao cidadão (que se vale do senso comum) tantas incongruências que o levam a descrer das instituições e das leis que o submetem tão rigidamente? Do ponto de vista do cidadão, como podem Lula, Dilma e tantos expoentes do partido no poder ainda estar gozando de privilégios, comandando o Estado e manipulando o poder em benefício próprio ao invés de encarcerados?
A verdade que salta aos olhos é que o Partido dos Trabalhadores, após chegar ao poder, traçou planos que trafegaram pela antidemocracia ou, numa afirmativa mais direta, pelo crime comum. Os indícios e provas já em poder da justiça, não deixam dúvidas de que cedo ou tarde muitos destes sujeitos políticos, ainda com importantes cargos nas decisões nacionais, serão condenados e cumprirão sentenças pesadas nas penitenciárias.
O cenário que se descortina é que os expoentes do PT fizeram uma aposta na impunidade e urdiram e executaram um plano de extrema ousadia que se consubstanciou no total aparelhamento do Estado, não apenas para a sua manutenção, mas que se estendeu ao saque continuado e indiscriminado da coisa pública. Já no chamado julgamento do mensalão, apesar da brandura das penas aplicadas, após marchas e contramarchas formais, pelo STF, ficou consignado que altos membros do partido ora no poder se enquadrilharam nas fímbrias do governo e, fato inusitado, pela primeira vez na nossa história o povo passou a conhecer os nomes dos tesoureiros de agremiações partidárias. Claro ficava que se tratava de uma forma de corrupção diferenciada daquela já nossa conhecida íntima, de extensa convivência ao longo da nossa história da infâmia política. Em verdade, o mensalão tinha indícios e provas da participação do presidente Lula, mas tais foram convenientemente relegadas, com o beneplácito de ministros do STF devidamente comprometidos com o arranjo político espúrio que contaminou horizontal e verticalmente os processos de escolhas em detrimento da sociedade. Neste mesmo processo que concedeu impunidade ao presidente Lula, foi de fundamental importância a postura de esperteza burra da oposição que, em transe de maquiavelismo estúrdio, avaliou que a melhor estratégia seria deixar o adversário político esvair sua credibilidade moribunda até a chegada das eleições e lá vencê-lo com pompa e circunstâncias. As circunstâncias não contribuíram e a pompa se apresentou num Lula travestido de emérito negociador e dono de cabedal eleitoral imbatível. Tal mito se robusteceu quando, ao final do seu segundo mandato, conseguiu eleger o maior poste político que se tem notícia em eleições formalmente democráticas em todo o mundo.
É nesta quadra que surgem as perguntas que insistem em se fazer imprescindíveis, mas que não são verbalizadas: por que Lula escolheu a mais despreparada e medíocre figura entre as tantas opções do seu partido? Por que a escolha recaiu sobre uma candidatura que era e manos viável naquela circunstância? Por que o Lula fez a pior escolha, colocando em risco (calculado) a eleição? Evidentemente que não podemos encontrar respostas a estas indagações na estratégia puramente eleitoral, o que nos obriga a lançar as vistas para outras possibilidades, sendo que a mais plausível seja a participação efetiva e indiscutível da Dilma na quadrilha de Estado. Desta forma a escolha ganha um sentido lógico, pois, uma vez eleita, a presidente garantiria a continuidade e mesmo ampliação do projeto criminoso.
O enriquecimento dos filhos do Lula e da filha da Dilma, e mesmo a evolução patrimonial de ambos (como de vários morubixabas do PT), são indícios e provas, mas o que mais incita a consolidação de uma convicção é o fato de que ambos estão cercados de suspeitos, investigados, condenados e encarcerados. A nomenklatura petista mais parece um desfile de prontuários policiais, que ostentam fichas criminais quilométricas nas quais o corolário é a corrupção e o roubo da coisa pública. Desconfia-se que a quadrilha petista amealhou fortuna exponencialmente maior do que as verbas que foram usadas nas suas ações de cunho social, capitaneadas pelo programa bolsa-família, de agressivo recorte assistencialista.
É deveras inconcebível para o senso comum, após tanto descalabro, aceitar diariamente o desfilar desenvolto da arrogância destes personagens, cinicamente despejando verborragia barata, quando deveriam estar se escondendo da polícia. Afinal, é a postura lógica que todo marginal mantém quando se sabe descoberto e sem chances num julgamento no qual as provas são mais esmagadoras do que todo o peso maléfico que um bando de sociopatas pode impor a um povo indefeso.
Causa estupor a facilidade com que as versões cínicas e frouxas dos petistas conseguem transformar crimes comuns em atos pretensamente políticos e neste atalho nos deparamos com o uso da democracia para golpear as práticas democráticas. Nos deparamos com cenas em que hordas petistas queimam bandeiras nacionais, caracterizando uma ideologia autoritária (de fulcro fascista), com uma mensagem literal de sedição, onde os brasileiros em sua totalidade são petistas e os que não forem são os outros, os inimigos. Instalam o nós contra eles de forma antidemocrática, mas recorrem oportunisticamente a todas as garantias legais que o sistema legal oferece. Pelo avesso, o ideário petista revigora ao ame-o ou deixe-o do regime militar que tanto diziam combater.

Muito em breve veremos o escancarar dos incontáveis crimes do Lula, o seu julgamento e sua condenação. O que ainda não sabemos é como se dará a transformação da realidade; como crimes comuns serão travestidos de políticas para os pobres, mesmo que o dinheiro esteja em contas no exterior e em nome individual cujo titular ostenta o sobrenome mais humilde, o Silva, que é de todos os brasileiros.

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